Um programa internacional coordenado por países europeus está trabalhando para preparar a Terra para uma ameaça de sofrer um impacto de um asteroide. O ex-astronauta Rusty Schweickart, que participou da missão Apollo, teme que um choque poderia acabar com a vida no nosso planeta.
O astronauta contou que este choque do asteroide com a Terra poderia significar o fim da nossa civilização. Em curto prazo, outros problemas que a humanidade enfrenta, como vírus mortais e mudanças climáticas, por exemplo, podem ser mais importante, mas a longo prazo dificilmente haja algo mais importante que os asteroides.
“Nós não conhecemos os dinossauros pessoalmente, mas sabemos que eles foram eliminados por um impacto de asteroide. Os asteroides já atingiram a Terra milhões de vezes. Podemos vê-los como estrelas cadentes todas as noites. Quando eles são maiores, as coisas ficam complicadas. É só uma questão de tempo até que um grande nos atinja. E já que podemos fazer algo a respeito, deve fazê-lo”.
Comparando a ameaça do asteroide com uma guerra nuclear, Schweickart explica que a guerra seria uma catástrofe, mas não nos extinguiria, pois “não temos poder suficiente para tanto. Um asteroide poderia ter esse poder”.
O astronauta conta que se estivermos na mira de um esteroide grande, podemos prever com décadas de antecedência e nos preparar, mas os pequenos também preocupam. “A qualquer momento que pudermos salvar vidas ou evitar a destruição de propriedades, devemos fazê-lo. Precisamos de sistemas de alerta antecipado, tecnologias para desviar um asteroide – e precisamos de preparo político também. Deve estar claro quem deve decidir o quê, quem lança os foguetes, quem apresenta a conta a seus cidadãos. Essa é uma decisão planetária. Precisamos fazer isso juntos. Ou não acontecerá”, explicou.
“Pela primeira vez na história, temos a oportunidade de mudar o trajeto de um corpo celeste. Vamos perceber do que estamos falando aqui. Estaríamos modificando ligeiramente a mecânica de nosso sistema solar para aumentar nossa chance de sobrevivência. Isso é gigantesco!”
O astronauta contou que estas missões não precisariam de humanos a bordo, isso deixaria a missão dez vezes mais cara, sendo que elas podem ser teleguiadas. “Precisamos é de um robô para fazer o serviço, mais barato e mais rápido”, concluiu.
Informações: UOL