Lago Grande, em Santarém, oeste do Pará, busca emancipação político-administrativa
Economista da Federação das Associações de Desenvolvimento Distrital e Emancipalista do Estado do Pará (Faddepa), Antonio Pantoja, esteve na região do Lago Grande, em Santarém, oeste paraense durante o último fim de semana, coletando dados para o estudo de viabilidade econômica, necessário para transformar aquela região em município.
O Lago Grande é um projeto de assentamento agroextrativista com 252 mil hectares onde moram mais de 35 mil pessoas distribuídas em 128 comunidades.
O projeto que visa a emancipação político-administrativa da região está em tramitação na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa). A movimentação de lideranças políticas e empresários da região para a emancipação do Lago Grande foi abordada pelo vereador Gerlande Castro (PSB), durante sessão de terça-feira (27), na Câmara Municipal de Santarém.
Na tribuna, Gerlande destacou a ajuda de diversos vereadores para custear a presença do economista da Fadepa na região, enfatizando que a Câmara Municipal deve ser ponto de discussão e planejamento deste projeto de emancipação e desenvolvimento. E lembrou que, em 2020, o distrito de Moraes de Almeida, no município de Itaituba, demonstrou o desejo de independência por meio de um plebiscito, realizado com as eleições municipais.
No encontro que contou com a participação de vereadores e presidentes da Faddepa e Copemlago, foi articulada a realização de uma sessão de Moção de Apoio pela luta de criação de municípios no Estado do Pará, em especial, do Lago Grande.
O Lago Grande é um projeto de assentamento agroextrativista com 252 mil hectares onde moram mais de 35 mil pessoas distribuídas em 128 comunidades. A região é conhecida pela riqueza em recursos pesqueiros e florestais e pela força das tradições comunitárias, mas também é marcada historicamente por conflitos com madeireiros e grileiros que invadem porções da terra para atividades ilegais.