A partir de fevereiro, o ICMS sobre combustíveis aumentará devido à alta do dólar e às cotações internacionais do petróleo
A alíquota do ICMS sobre a gasolina e o etanol vai subir R$ 0,10 por litro, de R$ 1,37 para R$ 1,47. A alíquota sobre o diesel e o biodiesel vai aumentar R$ 0,06, de R$ 1,06 para R$ 1,12 por litro. A gasolina é o componente com maior peso no IPCA e qualquer aumento tem potencial para pressionar a inflação.
Reajustes
– Gasolina e etanol: aumento de R$ 0,10 por litro (de R$ 1,37 para R$ 1,47)
– Diesel e biodiesel: aumento de R$ 0,06 por litro (de R$ 1,06 para R$ 1,12)
Gasolina e etanol subiram em dezembro, para R$ 6,29 e R$ 6,47 por litro, respectivamente. As altas registradas no dólar têm afetado o mercado de combustíveis, assim como a maior demanda por transporte, tradicional nesta época do ano.
Os aumentos nas bombas ocorreram em um ano de poucos reajustes da Petrobras. A estatal elevou o preço da gasolina em suas refinarias apenas uma vez. No diesel, não fez nenhum reajuste.
Impacto
– Preços já estão subindo nas bombas devido ao dólar e demanda.
– Gasolina é componente principal do IPCA, pressionando a inflação.
– Petrobras ainda não definiu reajustes, mas refinarias privadas já repassam aumentos.
Análise
– Aumento do dólar e demanda afetam o mercado.
– Preços de petróleo devem permanecer altos devido a tensões geopolíticas.
– Banco Goldman Sachs prevê petróleo a US$ 78 por barril em junho.
Contexto
– Aumento do ICMS ocorre após poucos reajustes da Petrobras em 2024.
– Refinaria de Mataripe já repassou aumentos.
– Presidente da Petrobras aguarda para entender mercado antes de reajustar preços.
Já a Refinaria de Mataripe, controlada pela Acelen, tem repassado as oscilações do mercado internacional com mais frequência. No dia 26 de dezembro, por exemplo, elevou seus preços de venda da gasolina e do diesel, já respondendo à escalada do dólar.
A pressão cambial arrefeceu nos últimos dias, mas a cotação do petróleo voltou a subir: entre o dia 20 de dezembro e esta sexta-feira (3), saiu da casa dos US$ 72 para cerca de US$ 76 por barril.
Mesmo que não defina por aumentos, a Petrobras não tem margem para reduzir preços em refinarias e aliviar a alta dos impostos, como fez no último reajuste do diesel, em dezembro de 2023, às vésperas da retomada integral dos impostos federais sobre o combustível.