O Aedes já se transformou em um problema de saúde pública que temos para enfrentar todos os anos, notadamente na estação chuvosa
De uns tempos para cá, o vilão número um dos brasileiros, dos cearenses e dos caucaienses, tem nome e sobrenome bem familiares a todos, “Aedes Aegypti”. A fêmea desse mosquito, quando infectada é a transmissora de várias doenças que podem matar, como: Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela. São patologias com sintomas bem parecidos, tipo: febre alta, dor de cabeça, dor nas articulações, manchas vermelhas e erupções na pele, náuseas, entre outros sintomas característicos de viroses.
Vale ressaltar que os surtos e ou as epidemias têm sido cada vez mais freqüentes pela magnitude e abrangência desse vetor. É um inseto que tem atormentado a população e os órgãos de combate a essa moléstia viral, devido ao sofrimento humano que a doença produz e o risco de óbito nas pessoas acometidas.
Por isso, é justo e oportuno ressaltar que só venceremos este tipo de artrópode, se toda população se unir nessa guerra que a prefeitura de Caucaia declarou a esse maléfico inseto. É um dever de todos ajudar a combater esse vetor. Temos que estar juntos nessa larga frente de batalha. Só assim o nosso algoz fica mais frágil e teremos chance de vencer essa guerra.
Nos últimos anos temos perdido muitos dos confrontos, tendo-se em vista que o prato da balança tem pesado em favor do mosquito, mediante a situação sócio-econômica e sanitária que favorecem a larga reprodução mesmo.
O Aedes Aegypti encontra muitas condições favoráveis para se proliferar, diante de um meio ambiente afetado por pela ação humana, como: crescimento urbano desordenado, lixos a céu aberto, moradias em condições insalubres, baixa cobertura de saneamento básico, parcos recursos destinados pelo ministério da saúde para esse setor, serviços de vigilância a saúde poucos efetivos e sem inovações, baixo índice de abastecimento d’água tratada, pouca participação da população no combate e na autoprevenção, temperaturas e regimes de chuvas irregulares, dentre outros inúmeros fatores determinantes que muito contribuem para agravamento desse problema de saúde pública.
Vale ressaltar que em Caucaia, o prefeito Naumi Amorim, declarou “Guerra ao Mosquito” e sem trégua. Por isso mobilizou desde do início da gestão seis secretarias: Educação, Patrimônio, ASCON, Instituto do Meio Ambiente – IMAC, Secretarias de Saúde e Ação Social. Estamos todos unidos nas ações e nos serviços de combate o mosquito Aedes Aegypti.
Boto fé que a cidade inteira vai mais uma vez entrar nessa luta de “todos contra o mosquito, porque essa guerra é nossa”. Vê formado esse pelotão de batalha, produz em mim uma incontida satisfação e acima de tudo elevada confiança no êxito desse trabalho em coletivo. Pois, só as ações e os serviços de saúde não dão conta de debelar o mosquito e atenuar as arboviroses.
Já está em execução uma série de ações pelas secretarias mencionadas. Mesmo assim, diante dos atuais índices de infestação em decorrência das chuvas, pedimos a intensificação das ações pelas secretarias envolvidas. O cenário atual requer uma força tarefa para eliminar focos e criadouros, realizarmos mutirões de limpezas dos lixos e pneus, disseminarmos campanhas educativas, adensar os tratamentos focais e diversas outras ações constantes nos planos de trabalho de cada secretaria.
Vamos recorrer também a Secretaria de Saúde do Estado – SESA, para formação dos profissionais de saúde dos nossos serviços de urgência e emergências (Hospitais/UPAS) sobre manejo clínico, classificação de riscos entre outras estratégias de orientações profissional as pessoas infectadas pelo vírus. E, se necessário, iremos demandar a vinda dos :carros fumacê”, visando evitar surto, epidemias e sobretudo, óbitos.
A sorte está lançada, a guerra declarada e as ações encorpadas e disseminadas. Estamos confiantes que em Caucaia esse mosquito não encontrará guaridas para se reproduzir. Vamos trabalhar diuturnamente e de mãos dadas, governo e sociedade, para conseguirmos o controle e o monitoramento necessário, com o máximo interesse e obstinação, só assim conseguiremos reduzir a infestação e cortar a transmissão e por mais um ano proteger a população desse risco a saúde.