Na operação, maquinas, acampamentos e até animais foram queimados
A grave situação levou o Ibama a deflagrar uma operação para tirar madeireiros e garimpeiros das terras indígenas do sul do Pará. Além de paralisar a atividade ilegal, a ação teve como objetivo proteger do contágio do coronavírus os cerca de 1.700 indígenas que moram na região, tendo em vista que os grileiros podem ser uma fonte de transmissão.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, demitiu nesta segunda-feira (13) o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Olivaldi Alves Borges de Azevedo. A demissão aconteceu após o programa Fantástico, da TV Globo, exibir uma reportagem sobre uma operação de combate ao garimpo ilegal em terras indígenas que foi coordenada pelo órgão ambiental, especificamente pela diretoria de Olivaldi.
Fontes do Ministério do Meio Ambiente, informaram que a demissão tem relação com a veiculação da reportagem e foi uma determinação do presidente Jair Bolsonaro ao ministro Ricardo Salles. A principal motivação do pedido teria sido o fato de os agentes terem queimado tratores e outros equipamentos usados no garimpo ilegal.
Na operação, maquinários foram queimados e pontes clandestinas destruídas pelos fiscais do Ibama – medidas previstas por lei, já que a remoção de máquinas, além de difícil, pode ser interrompida por emboscadas.
No entanto, a atitude não agradou a cúpula do governo federal. O próprio presidente Jair Bolsonaro disse, em outras ocasiões, que não é favorável à queima de equipamentos. A operação resultou na exoneração do diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Olivaldi Azevedo, responsável por coordenar a intervenção no Pará.