O setor tem plenas condições de crescimento, o que deve atrair novos investimentos e novos profissionais para o ramo no estado
O Conexão Assembleia, da rádio FM Assembleia (96,7MHz), recebeu, nesta segunda-feira (08/07), o secretário da Pesca e Aquicultura do Estado do Ceará, Oriel Nunes Filho. Ele falou dos desafios da pasta e destacou a liderança do Estado na produção de camarão, lagosta e atum no Brasil.
Oriel Nunes Filho ressaltou que este é um momento de retomada do trabalho e de refazer conexões com os pescadores e aquicultores do Ceará. Ele lembrou que a pasta havia sido extinta e agora voltou na gestão de Elmano de Freitas, indo ao encontro do que foi feito em âmbito federal, com a volta do Ministério da Pesca e Aquicultura.
“Recriamos e fomos nos moldando, conhecendo os problemas, visitando as colônias, fazendo parcerias com as federações, para que a gente possa entender, realmente, quais são as demandas dos pescadores”.
O secretário explicou aos ouvintes e expectadores o que é a aquicultura. Segundo ele, é tudo aquilo que é produzido ou criado na água. No Ceará, como exemplificou, os principais ramos são a criação de peixes ornamentais e de camarões. Neste último, o Estado é líder nacional, responsável por quase 55% da produção brasileira.
“O Ceará produz hoje, aproximadamente, 65 mil toneladas por ano. É um estado que tem revolucionado a carcinicultura e tem em torno de 30% dos municípios com produção de camarão”.
Na avaliação de Oriel Nunes Filho, o setor tem plenas condições de crescimento no Ceará, o que deve atrair novos investimentos e novos profissionais para o ramo. “Quando se vai crescendo, vai atraindo mais gente para o setor. E a gente tem feito um trabalho de fomento, pensamos em fazer um seminário de qualificação, então, são ações que fortalecem essa área econômica”, observou.
Além do destaque na carcinicultura – técnica de criação de camarões em viveiros –, o Ceará se destaca nacionalmente, conforme o titular da pasta da Pesca e Aquicultura, na produção de lagosta e de atum.
“Somos também o estado do Brasil que mais exporta hoje em termos financeiros nesse setor. Temos uma pesca muito ampla feita por pessoas que têm vontade de trabalhar. Tenho certeza que a secretaria vai ajudar ainda mais na qualificação dessas pessoas, melhorando nossa produção e exportação”.
Perpetuar o trabalho da pesca, por exemplo, é um desafio a ser enfrentado, na avaliação do secretário. Segundo ele, os jovens, muitas vezes, não vislumbram seguir as profissões do pai ou do avô pescador, pois sabem das dificuldades históricas. No entanto, possibilitar o acesso a novas tecnologias, modernizando a atividade no Estado, é um compromisso da secretaria, indicou Oriel.
“Temos feito muitos estudos e pesquisas sobre esse setor. O jovem não quer fazer a mesma coisa, da mesma forma, que seus antepassados. Vamos estudar para viabilizar esses jovens como pescadores, porque senão a nossa pesca no futuro vai acabar e não é isso que a gente quer. Temos que descobrir maneiras de modernização”, finalizou o Secretário.