O objeto fora do padrão foi encontrado com o radiotelescópio americano VLBA. Com este equipamento, os astrônomos estão realizando um estudo de mais de 1,2 mil galáxias
© Bill Saxton/NRAO/AUI/NSF

Em um projeto que busca por buracos negros supermaciços, com massas de milhões a bilhões de vezes a do Sol e que não estejam no centro de galáxias, astrônomos encontraram uma destas estruturas praticamente “nua”, algo nunca antes visto.

O buraco negro fora do padrão foi chamado de B3 1715+425. Ele estava cercado por uma galáxia muito menor e de brilho bem mais tênue do que o esperado. O objeto estava se afastando a alta velocidade do núcleo de outra galáxia muito maior, deixando um rastro de gás no caminho.

De acordo com os astrônomos, o objeto ocupava o centro de uma galáxia num aglomerado a mais de 2 bilhões de anos-luz de distância da Terra que atravessou parte de uma galáxia maior, perdendo no caminho quase todas as estrelas e material que o circundavam e emergindo do outro lado a uma velocidade de mais de 7,2 milhões km/h.

Segundo publicado pelo O Globo, após o encontro, o que sobrou da galáxia menor foi um disco irregular com um diâmetro de apenas 3 mil anos-luz.

O buraco negro “nu” foi encontrado com o radiotelescópio americano VLBA. Com ele, os astrônomos começaram um estudo de mais de 1,2 mil galáxias anteriormente identificadas como “suspeitas” de abrigarem buracos negros supermaciços em seu interior.

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