Na ferveção da preparação das estratégias para a vitória, adversários, traidores, inimigos políticos de ontem se aproximam, se irmanam, se reconciliam e seguem juntos, dez, doze partidos, com o mesmo objetivo: vencer as eleições. Meses depois, conseguido o intento, recomeçam as discórdias, não se tem como pagar as faturas das promessas acordadas com cada partido, antes. Já vimos esse filme muitas vezes…
Aliás, sobre o tema, John Galbraith (1908-2006), que foi filósofo, economista e escritor americano e assessor econômico do presidente John Kennedy, já dizia, faz tempo: “Nada é tão admirável em política quanto uma memória curta”.
Enfim, em nome da democracia, começa mais um período de atividades político-partidárias com os olhos voltados para as eleições de prefeitos e vereadores em outubro de 2012, já com o olhar voltado para outubro de 2014 (ano de Copa do Mundo no Brasil) e para outubro 2016 (ano de Olimpíadas no Brasil), quando o ciclo municipal recomeça…
Ah! Que bom seria que tudo acontecesse de forma civilizada, sem baixarias, sem armações, sem agressões de qualquer tipo, com os candidatos defendendo seus projetos com veemência, mas com respeito ao adversário como acontece, por exemplo, nos Estados Unidos, na França, onde o perdedor costuma reconhecer a derrota e cumprimentar o vencedor, de quem até pode se tornar colaborador porque o que todos defendem lá, mesmo em posições opostas, é o interesse da nação e não os interesses pessoais.
As eleições serão no dia 7 de outubro mas, por onde se anda, esse tema é só o que se respira nessas terras sertanejas e pelo Brasil a fora…