Indignados, aliados de Renan Calheiros fizeram uma reunião de emergência para traçar estratégias para que ele retorne ao cargo. “É muito sério tirar o chefe de um Poder por liminar. Nem com Eduardo Cunha foi assim”, disse indignado um senador. Os parlamentares já cogitam pedir a suspensão da liminar à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia. “É uma decisão gravíssima”, afirma o sucessor imediato de Renan, Jorge Viana.
A saída de Renan agravou ainda mais a crise que vive o governo do presidente Michel Temer. Segundo a coluna Painel da Folha de S. Paulo, só resta ao presidente concentrar os seus esforços em colocar Renan de volta ao cargo e em votar a medida que limita o teto dos gastos públicos na próxima terça-feira (13).
Apesar do petista Viana ter boa relação com Renan, a bancada do partido já faz pressões para o adiamento da votação da PEC 55. “Não podemos ignorar a crise. A Casa não pode votar nada este ano”, defende o senador Lindbergh Farias.