O plano prevê conversão imediata de cerca de 38% da dívida da tele em ações da companhia e, depois disso, um aumento de capital de US$ 1,25 bilhão que por meio de oferta pública de ações.
Sawiris só colocará US$ 250 milhões no negócio. Os credores estrangeiros, hoje representados pelo banco americano Moelis, colocarão US$ 750 milhões. Outros US$ 250 milhões poderão vir dos outros credores e acionistas.
Já diluídos pela conversão inicial da dívida em ações, os atuais acionistas só poderão participar do aumento de capital da Oi a um limite de 50%. Ou seja: serão diluídos abaixo de 2% e terão de se retirar do conselho de administração, órgão que hoje comanda a operadora.
Sawiris informou que já contratou a Spencer Stuart, empresa de recrutamento de executivos, para selecionar quatro conselheiros independentes.
O plano será agora apresentado ao juiz da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, onde tramita o processo de recuperação. Caso seja aceito pelos credores e pelos acionistas, o grupo de Sawiris prevê que o endividamento da Oi cairá para cerca de R$ 30 bilhões, já considerando uma reestruturação decorrente de alongamento do prazo de pagamento e redução de juros.
Parte dessa dívida considera as multas aplicadas pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) que ainda estão sendo negociadas. A agência só tem aval da AGU (Advocacia-Geral da União) para negociar R$ 7 bilhões de um total de R$ 20 bilhões pendentes. Sawiris propõe parcelar o pagamento, uma forma de convencer o governo a aceitar a proposta.
Em nota, a Oi informou que recebeu o grupo formado por credores da companhia (representados pela Moelis e FTI) e um potencial investidor. A empresa disse que o encontro faz parte de reuniões regulares que a companhia vem mantendo com credores, no sentido de ouvir sugestões referentes ao plano de recuperação judicial, apresentado pela companhia em setembro.
A Oi disse que o plano de Sawiris será analisado juntamente com as demais sugestões que surgiram ao longo de encontros com outros credores que já estiveram com a Oi, como a G5 Evercore, além dos bancos Itaú, Banco do Brasil, Caixa e BNDES.
Informações: Folhapress