Cardozo que voltou ao cago de procurador do município de São Paulo em 14 de novembro, posição da qual estava afastado desde 1994 quando assumiu vaga de vereador. Desde o último domingo, o petista tem como chefe o tucano João Doria, eleito prefeito da capital paulista.
Na opinião de Cardozo, a divulgação dos áudios de conversas entre Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva auxiliou o processo de impeachment. “Se os áudios envolviam indícios de crime, teriam que subir para o Supremo em sigilo, segundo a lei. Se não envolviam, teriam que ter sido incinerados”, defendeu.
“Nesse caso, um dos fatores que impulsionou e propulsionou o impeachment foi a divulgação desses áudios feita em total desconformidade com aquilo que a legislação brasileira determina”, afirmou. O advogado pôs em dúvida a parcialidade do magistrado. “Se realmente as coisas se confirmarem que para alguns a lei vale e para outros a lei é só sorrisos, afetivamente vai mal a coisa.
O ex-ministro também criticou a gestão de Temer. “É um desastre em os sentidos. Um governo de homens brancos, sem mulheres, conservadores e que seguiu uma linha política que não foi a que elegeu a chapa Dilma-Temer”, disse.
Cardozo destacou o nome de Lula como o de alguém que pode promover unificação de movimentos de oposição ao governo. “Sem sombra de dúvida Lula me parece um excelente nome que pode unificar toda a esquerda”, afirmou. “Acredito que ele demonstrará sua inocência e espero imparcialidade na decisão. Mas acho que tem um conjunto de pessoas que tem muito interesse em atingi-lo na sua imagem para que ele não seja um forte candidato em 2018”, disse.