Alguns atletas olímpicos brasileiros estão sem recursos e não sabem como será o futuro
Sete meses após o fim do ciclo olímpico, muitos atletas sofrem com o abandono dos patrocinadores e lutam para seguir no esporte.
Confira alguns dos medalhistas olímpicos do Brasil sem recursos
ISAQUIAS QUEIROZ
Atleta do Club Athletico Paulistano, de São Paulo, Isaquias conquistou três medalhas nos Jogos Olímpicos de 2016, em sua primeira participação em Olimpíada: prata na canoa individual 1.000 m, bronze na canoa individual 200 m e prata na canoa de dupla 1.000 m, junto com Erlon de Sousa Silva. Após os Jogos, apenas um de seus patrocinadores particulares permaneceu, com contrato válido até maio.
ARTHUR ZANETTI
O ginasta de São Caetano do Sul tornou-se campeão olímpico em Londres, em 2012. No ano seguinte, foi campeão mundial nas argolas e, em 2015, campeão pan-americano. Na Olimpíada do Rio ele ficou com a prata, na mesma modalidade. Dos seis patrocínios que tinha, porém, ficou apenas com Aeronáutica e Adidas.
POLIANA OKIMOTO
A paulistana foi a primeira nadadora brasileira a conquistar uma medalha de modalidade aquática em Jogos Olímpicos. Ela levou o bronze na maratona do Rio, após desclassificação da segunda colocada, a francesa Aurélie Muller (por infração na batida da placa de chegada). Após a Olimpíada, perdeu seu principal patrocínio, os Correios, o que reduziu 40% de seu orçamento.
ROBSON CONCEIÇÃO
Pugilista foi ouro da categoria peso-leve (até 60 kg) em 2016, após ter sido derrotado na estreia das duas edições anteriores dos Jogos (Pequim e Londres). Com a vitória, trocou o boxe amador, que compete em Olimpíada, pelo profissional. Sem patrocínio, ganha uma renda mensal da agência Top Rank.
FELIPE WU
Prata no tiro esportivo, Wu voltou à faculdade de engenharia aeroespacial após a Olimpíada do Rio. Ele foi ouro nos Jogos Sul-Americanos de 2014, em Santiago, e no Pan de Toronto, em 2015. Ficou sem treinador, psicólogo e fisioterapeuta por corte de verbas da confederação.