A moeda teve um desempenho muito inferior ao de seus pares regionais e emergentes do mercado na quarta-feira, deslizando mais de 1% no dia para levar sua depreciação acumulada no ano para mais de 25%

O real brasileiro caiu na quarta-feira para uma nova baixa histórica de todos os tempos, perto de R$ 5,40 por dólar, à medida que as expectativas se intensificaram de que o banco central cortaria as taxas de juros significativamente nas próximas semanas para combater a crise econômica causada pelo coronavírus.

Os participantes do mercado observaram o declínio acentuado no front-end da curva futura da taxa de juros, o que indica que cerca de 100 pontos-base de cortes na taxa de juros neste ano estão sendo cotados.

“O real hoje está fora do comum, já que o mercado está no modo ‘grande flexibilização do banco central do Brasil'”, disse um gerente de fundos de hedge em São Paulo. O mercado está pensando em grandes cortes nas taxas de carregamento antecipado.”

O real foi negociado tão fraco quanto R$ 5,3922 por dólar BRBY, queda de 1,3% no dia. O contrato futuro de taxa de juros de janeiro de 2021 caiu para cerca de 2,60% DIJF21 de 2,80% na segunda-feira, um dia antes do fechamento dos mercados locais para um feriado nacional. Na sexta-feira da semana passada, esse contrato ficou em torno de 3,10%.

A taxa Selic de referência do banco central é um recorde de 3,75% e espera-se que caia mais. Em um debate on-line ao vivo na segunda-feira, o presidente do banco, Roberto Campos Neto, não negou a sugestão e disse que as taxas de juros mais baixas continuam sendo parte do kit de ferramentas de combate a crises do banco central.

A economia brasileira deve contrair-se acentuadamente este ano, talvez com a maior queda em décadas. O comitê de fixação de taxas do banco central, conhecido como ‘Copom’, se reúne em 5 e 6 de maio.

Informação Reuters

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