Uma possibilidade descartada, é a realização das eleições municipais no ano que vem
O possível adiamento das eleições municipais deste ano ainda é tema de discussão entre os especialistas que antecipa os impactos da alteração do calendário eleitoral por causa da pandemia do novo coronavírus.
A proposta de mudança enviada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dá como alternativa a realização das eleições para novembro ou dezembro de 2020. Inicialmente, as eleições municipais estão previstas para 4 de outubro (1º turno) e 25 de outubro (2º turno).
“Nos manifestamos pela manutenção do calendário desde que seja possível de acordo com os sanitaristas orientam, assim como defende o ministro Barroso. Mas propomos também datas de adiamento: 15 de novembro ou 6 de dezembro, caso exista a necessidade de fato de fazer esse adiamento”, explicou Gabriela Rollemberg, secretária-geral da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep).
A secretária-geral da Abradep também informou que junho deve ser o mês de definição sobre possíveis alterações no calendário eleitoral de 2020. “Temos que definir logo porque há uma série de adaptações a serem feitas, não só sobre datas, mas logística, a questão das urnas eletrônicas, verificação da segurança, treinamento de mesários. Tudo isso tem que ser programado com antecedência. Somos terminantemente contra ao adiamento das eleições. É inconstitucional. O Brasil precisa de mais participação e não menos, como alguns prefeitos têm defendido. E, via de regra, a prorrogação de mandatos é inconstitucional. Defendemos uma eleição possível ainda neste ano.”
Câmara dos deputados
As principais bancadas partidárias da Câmara dos Deputados ainda não decidiram se vão apoiar ou não um possível cancelamento das eleições municipais marcadas para outubro deste ano. Isso significa que, apesar de muitos parlamentares estarem se posicionando sobre o assunto, o cancelamento ou adiamento do pleito ainda não foi debatido pelas legendas que têm o poder de determinar a maneira como os deputados votam.