Lideranças do governo querem iniciar tramitação de proposta para reduzir preço dos combustíveis no início de fevereiro

A guerra política travada entre o presidente Jair Bolsonaro e os governadores sobre a alta dos preços dos combustíveis deve influenciar os rumos do Congresso Nacional na retomada dos trabalhos legislativos, no início do mês de fevereiro. Enquanto o governo federal negocia a elaboração de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para reduzir as tarifas, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fez um aceno aos gestores estaduais e indicou que pautará um projeto que cria um fundo de estabilização dos preços.

Ao longo dos últimos meses, o chefe do Executivo federal atribuiu aos governadores, em mais de uma ocasião, a culpa pelo aumento dos preços da gasolina e do óleo diesel. Em resposta às críticas de Bolsonaro, os Estados decidiram, em outubro do ano passado, congelar até o dia 31 de janeiro deste ano a base de cálculo do ICMS dos combustíveis. A maioria dos gestores decidiu rever a medida.

Coordenador do Fórum dos Governadores, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), afirmou que a decisão foi tomada diante do “descaso do governo” na busca por solução para a escalada dos preços. É neste cenário que o Palácio do Planalto decidiu entrar em campo.

Bolsonaro afirmou em entrevista, sem dar detalhes, que pode enviar ao Congresso uma proposta “que mexe com combustível”, com o intuito de “reduzir carga tributária”.

“Reconheço a inflação de alimentos, reconheço a alta do combustível, falo de um porquê. Fora do ar aqui falava-se de uma proposta que poderíamos enviar ao Congresso que mexe com combustível, sim, existe essa proposta, não quero entrar em detalhe, vai ser apresentada no início do ano e nós procuramos aqui reduzir carga tributária, muitas vezes ser obrigado a encontrar uma fonte alternativa, você não pode apenas reduzir isso daí e vamos fazendo o possível”, afirmou.

Com informação JP NEWS

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