O bolsonarismo institucional tem a imprensa brasileira como o seu principal inimigo público, já o seu principal inimigo político ainda é o lulismo

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) não tem interesse de construir o consenso democrático, como desejaria a imprensa brasileira e a classe intelectual. Jair Bolsonaro já deixou bem nítido o interesse da governança plena para somente 1/3 do eleitorado brasileiro, assim como a governança parcial, para outro 1/3 do eleitorado brasileiro via as reformas estruturais na área econômica (Paulo Guedes). Em síntese 2/3 do eleitorado é o alvo administrativo do Governo Federal.

O restante do 1/3 do eleitorado de perfil oposicionista é simplesmente considerado pelo presidente Jair Bolsonaro, como público descartável do seu Governo Federal. O ex-presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores procuram manter a hegemonia desse contingente eleitoral não prioritário ao bolsonarismo, assim como o ex-governador Ciro Gomes (PDT) procura também elo de ligação, com esse eleitorado preso ao gueto eleitoral pró-Lula – PT – PC do B – PSOL. Ciro Gomes poderia procurar o Cidadania e Podemos, para a construção do novo polo partidário independente, com viés político e econômico pró- reformas.

A imprensa privada brasileira é um pária político-empresarial, para o presidente Jair Bolsonaro por causa das suas redes sociais. Jair Bolsonaro procura destruir o grupo O Globo e o grupo UOL entre outros (Jornal Estadão), com um ponto muito interessante que é o fato de não colocar nada no seu lugar, pois o grupo Record e o grupo SBT são apenas auxiliares midiáticos das plataformas das redes sociais do Governo Federal. Os veículos de comunicação não terão êxito na tentativa de pautar o presidente Jair Bolsonaro na sua conduta pessoal e na sua conduta administrativa.

O discurso raivoso do presidente Jair Bolsonaro contra os seus desafetos internos, como o presidente da Câmara e as cúpulas partidárias. É também estendido aos seus inimigos das oposições. Jair Bolsonaro manterá o tom agressivo nas redes sociais, para consumo do seu eleitorado mais fiel, assim como as medidas econômicas da equipe de Paulo Guedes, Mansueto de Almeida, Rogério Marinho e outros têm o interesse de atender as classes médias tradicionais, porém a imprensa brasileira é aliada mercadológica das reformas: Previdência, Tributária e Trabalhista. Os intelectuais brasileiros são pregadores no deserto da falta de bom senso dos atores políticos da sociedade civil.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa – sociólogo e consultor político.

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