Deputado cassado publicou texto crítico ao juiz federal de Curitiba nesta quinta-feira (9)

O ex-presidente Eduardo Cunha criticou o juiz federal Sergio Moro em artigo publicado nesta quinta-feira (9) no jornal Folha de S. Paulo. No texto, ele afirma que corre risco de sofrer retaliação, mas que não pode manter silêncio diante das “ilegalidades” do magistrado.

“Estou preso por um decreto injusto, o qual contesto através de habeas corpus e da reclamação ao Supremo Tribunal Federal, já que não houve qualquer fato novo para ensejar uma prisão, salvo a necessidade de me manter como troféu”, afirma trecho do artigo.

O deputado cassado rejeita, ainda, a estratégia de fazer prisão com base apenas em depoimentos de delatores. “Convivendo com outros presos, tomo conhecimento de mais ilegalidades -acusações sem provas, por exemplo, viram instrumentos de culpa. A simples palavra dos delatores não pode ser a razão da condenação de qualquer delatado”, argumenta.

“É bom deixar claro para a sociedade que a minha segurança e a dos demais presos cautelares é de responsabilidade do juiz Sergio Moro. Ninguém questiona a existência de um criminoso esquema de corrupção; punições devem ocorrer, mas observando o devido processo legal”, defende o ex-parlamentar.

Cunha cita ainda, episódio em que integrantes da força-tarefa da operação lhe deram voz de prisão, ainda que ele tivesse foro privilegiado. O deputado cassado também critica o episódio da condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Não podem ocorrer fatos tais como a entrevista em que a força-tarefa de Curitiba, quando eu ainda era presidente da Câmara, declarou minha culpa e pregou minha prisão, ignorando o fato de que eu ainda desfrutava de foro privilegiado”, diz. “Ou ainda o espetáculo deprimente da denúncia contra o ex-presidente Lula -independentemente da opinião ou dos fatos, jamais poderia ter se dado daquela forma.” Leia aqui o texto completo.

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