Plutão foi o primeiro a ser rebaixado para a classificação de planeta anão

No dia 24 de agosto de 2006, aproximadamente 76 anos após ser descoberto, a União Astronômica Internacional (IAU) revelou que Plutão foi reclassificado como um planeta anão. Isso acabou mudando a história do Sistema Solar — pelo menos para a humanidade.

Em fevereiro de 1930, o astrônomo norte-americano Clyde Tombaugh, descobriu o corpo celeste Plutão; naquela época, ele foi considerado como um dos planetas do nosso Sistema Solar. Infelizmente, seu tempo como planeta não durou muito tempo: em meados dos anos 2000, os cientistas decidiram que ele não poderia entrar na mesma classificação que a Terra, Marte, Júpiter, entre outros planetas do Sistema Solar.

Por algumas décadas, Plutão foi classificado como o nono planeta que orbitava o Sol, mas os astrônomos perceberam que ele carecia de algumas características consideradas importantes. Por isso, Plutão foi definido como um planeta anão.

O ‘rebaixamento’ do astro não aconteceu de forma simples, pois gerou uma certa controvérsia entre a comunidade científica e o público em geral — há quem discorde até hoje que ele não é um planeta anão.

Em 2006, a IAU definiu algumas regras que explicavam as características dos planetas e, como Plutão não seguia todas elas, ele foi reclassificado como planeta anão. Durante uma conferência que ocorreu em Praga, na República Tcheca, os astrônomos explicaram que os planetas do Sistema Solar precisariam estar de acordo com três características especificas.

Categorias de objetos celestes no Sistema Solar:

Planetas: objetos aproximadamente redondos que são soberanos na região de sua órbita e giram ao redor do Sol

Planetas anões: objetos aproximadamente redondos que não são soberanos na região de sua órbita e giram ao redor do Sol

Pequenos Corpos do Sistema Solar: o que sobra girando ao redor do Sol, excluindo satélites, que giram ao redor de planetas

Conheça as três características que definem um planeta:

  • O planeta deve orbitar o Sol, ou seja, deve estar dentro da trajetória elíptica ao redor da estrela;
  • Assim como a Terra, o planeta deve possuir massa suficiente para criar uma forma esférica ou quase completamente arredondada;
  • Por último, o planeta deve ter limpado a órbita de outros objetos ao seu redor para se tornar a órbita principal da região em que ele está localizado.

O ‘problema’ é que Plutão não tem a última característica mencionada, ou seja, ele não limpou sua órbita o bastante para ser o planeta principal na região; objetos cósmicos do Cinturão de Kuiper compartilham da mesma órbita. Inclusive, aqueles que são contra a reclassificação afirmam que a Terra, Marte, Júpiter e Netuno também não limparam completamente as suas órbitas.

De acordo com a União Astronômica Internacional, um ‘planeta anão’ pode ser explicado como um corpo celeste que está na órbita do Sol e é massivo o suficiente para que seu formato esférico seja formado pelas forças gravitacionais, contudo, não limpou sua órbita o bastante para ser o principal planeta da região. Ou seja, qualquer corpo celeste que não contenha a terceira característica citada pela IUA pode ser considerado um planeta anão.

Conforme os cientistas explicam, Plutão é formado por um núcleo rochoso que, supostamente, pode abrigar um oceano de água líquida em sua parte mais interior — a água seria coberta por uma crosta de gelo. A superfície é formada por gelo de nitrogênio e, possivelmente, gelo de metano e monóxido de carbono. Sua atmosfera é composta por nitrogênio, metano e monóxido de carbono.

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