O bilionário previu que o bitcoin entraria em colapso em breve
Com o preço do bitcoin começando a cair depois de atingir seu nível máximo de mais de 6 mil dólares ($R 18 mil) em 20 de outubro, o príncipe saudita Alwaleed bin Talal deixou claro que partilha a opinião do empresário norte-americano Jamie Dimon, que não tem confiança na criptomoeda.
“Não tenho confiança nesse bitcoin. Creio que um dia colapsará como a Enron”, declarou o príncipe, referindo-se à empresa energética norte-americana Enron Corporation, cujo rápido crescimento se deveu a uma série de fraudes e que decretou falência súbita em 2001.
“Essa coisa não está regulamentada, não é controlada nem monitorada”, sublinhou Walid.
Suas declarações se seguiram ao comentário da Autoridade Monetária da Arábia Saudita (banco central do país) que afirmou que a condição atual do bitcoin ainda não permite tomar decisões e regular o impacto da criptomoneda.
“Acredito que devem passar uns cinco anos para que possamos concluir que tem uma influência real na moeda em geral”, disse o assessor sênior da Autoridade Monetária da Arábia Saudita, Abdulmalik Al-Sheikh, à CNBC.
Alwaleed bin Talal está de acordo com Jamie Dimon, CEO da J. P. Morgan, que previu o colapso do bitcoin no início de setembro. Entretanto, desde essa previsão, o preço da criptomoeda, que era de cerca de 3,8 mil dólares ($R 12,3 mil), continuou crescendo.
No entanto, existe a opinião que as vantagens tecnológicas das criptodivisas podem ser usadas sem perder o controle sobre a sua circulação. Por exemplo, a Rússia decidiu criar o “criptorublo”, uma criptomoeda nacional russa que vai combinar as vantagens informáticas das moedas digitais com o monitoramento centralizado.
O bitcoin é a primeira moeda digital, criada em 2008. Embora hoje haja mais de mil criptomoedas, o bitcoin permanece como a mais usada no mundo.