Um dos maiores articuladores do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) agora quer que o seu partido, o PSDB, assuma o comando da política econômica do País.
“Temer ofereceu à legenda tucana a articulação política, mas a pasta da Secretaria de Governo – vaga desde a saída de Geddel Vieira Lima – foi recusada. A intenção do PSDB é ter influência na área econômica, considerada determinante para o sucesso da gestão”, diz o trio. “O posto que era ocupado por Geddel é considerado pelo PSDB como uma fonte de desgaste, que não atende a expectativa do partido, principal aliado do governo do peemedebista no Congresso. A demanda dos tucanos é ter protagonismo na formulação da política econômica comandada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.”
Meirelles começou a ser fritado e Temer disse que passaria a se aconselhar com Armínio Fraga. Segundo a reportagem, o que se discute, no momento, é dar a um nome do PSDB o Ministério do Planejamento.
“Não existe alternativa para o PSDB a não ser o governo dar certo. Não há plano B. Vamos ajudar o presidente Michel até o final a fazer essa travessia”, diz Aécio, que corre o risco de morrer abraçado a Temer, uma vez que o golpe já fez o PIB brasileiro cair quase 10% e não há nenhum sinal de retomada ou volta da confiança.
Ontem, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso falou pela primeira vez em eleições diretas “se a pinguela cair” – pinguela é o apelido que FHC dá a Temer.
Informações: Estado de S. Paulo